domingo, 16 de janeiro de 2011

Vivendo (e sonhando) como princesa

Toda menina passa a infância regada a filmes da Disney, mais precisamente aqueles sobre princesas. Passam o resto da vida esperando que aquelas cenas aconteçam com elas também. Ok, talvez nem toda menina passe por isso e eu só esteja generalizando para me achar mais normal e tirar toda essa ilusão só das minhas costas.
Mas eu assumo que, por ser apaixonada pela Disney e absurdamente vidrada no filme A Bela e a Fera, sempre me achei uma princesa. E se me permitem, continuo achando. É claro que eu não tenho um pai inventor que tem um cavalo, nem um pseudo-galã no estilo Gastão atrás de mim e muito menos troquei minha liberdade pela do meu pai e me apaixonei por uma Fera a ponto de mudá-la. Mesmo assim, eu me reservo o direito de achar que esse tipo de coisa, em partes, pode acontecer na vida real.

Eu tenho o direito de encontrar um príncipe, construir uma vida com ele e quando der por mim, estar comemorando meu aniversário de 90 anos com ele ao meu lado. Esse desejo é muito presente, pois até hoje, e com certeza para o resto da vida, tenho essa letra na minha mente: “sentimentos vem para nos trazer novas sensações, doces emoções e um novo prazer.”
E para que não digam que é pura pretensão minha falar agora, aos 19 anos, que amo histórias de princesas, acho interessante citar a minha fantasia de festa de 15 anos, que nunca aconteceu. É tão bom sonhar, mas às vezes saímos demais do chão e nem tudo acontece como planejado. A intenção era que todas as 14 meninas estivessem vestidas com roupas de personagens femininas da Disney (mesmo que não existam 14 princesas). Eu, óbvio, seria a Bela (e a minha “Fera/Príncipe” seria um amigo meu, que Deus já levou para perto dele, e faz muita falta).
Como isso não aconteceu e eu não tive a oportunidade de usar aquele vestido amarelo absurdamente rodado com luvas e descer a escada bem à lá Bela, eu prometi que usaria um vestido parecido com o dela no dia do meu casamento. Mas não amarelo, porque branco é clássico nessa data.
Foi aí que a ideia para esse texto surgiu. Descobri essa semana que um estilista, em parceria com a Disney, desenhou e foram feitos vestidos de noivas inspirados nos modelos dos usados pelas princesas.
Ao olhar os modelos, vi o da Bela. Perdoem-me o clichê, mas não há expressão melhor para ser usada: foi amor a primeira vista! Por menos adepta que eu tente ser do lugar-comum, não há como traduzir em palavras o que eu senti.

Qualquer pessoa pode achar exagerado alguém aos 19 anos pensar no que usar no dia do casamento, algo que, provavelmente, está tão longe. Porém, ao ver a minha reação, as palavras da minha mãe me defendem: “É tão bom quando tão cedo se encontra algo tão importante pra gente. Principalmente nesse caso. Obrigada por encontrar tão cedo, pois assim terei tempo para me preparar. Um vestido igual a esse vai ser uma fortuuuuuuuuuuna”.
Deixando a brincadeira de lado, o que senti ao ver aquele vestido trouxe à tona o desejo e a fantasia de viver um conto de fadas. Fantasia essa que, em minha opinião, a mulher só tem duas vezes na vida. Quando faz 15 anos e quando casa. Já que a primeira já foi desperdiçada, me resta a segunda. Consigo, sem exagero, me ver usando aquele vestido.
Sinceramente, não acho isso ruim. Por mim, todas as meninas, mulheres e senhoras deveriam tirar alguns minutos do dia para se sentirem como princesas. Seja na hora de se arrumar ou apenas de sonhar um pouco. Eu costumava dizer que quanto maior o sonho, maior a queda, até ouvir do meu namorado a seguinte frase: “mira na lua. Se você errar, pelo menos você acerta uma estrela”.
Nós nascemos princesas. Afinal, qual pai nunca chamou a filha assim? O que nos impede, então, de sermos um pouco como elas por alguns momentos. É claro que nossa vida pode não ser perfeita como nos filmes, mas eu duvido que não possamos ter pelo menos parte do que elas vivem.
Mesmo que não possamos ficar o tempo todo fora do chão (leia-se realidade), talvez seja importante, em alguns momentos, nos permitirmos ficar ao menos a uns dois metros dele.  Nos sentirmos como princesas de vez em quando,  tenho certeza, não fará mal algum.
E se um namoro ou casamento não deu certo, é porque aquele que você amava, não era o seu príncipe encantado. E não é porque você tem quase 30, que você não pode se apaixonar de novo e esse sim, ser aquele que estará segurando a sua mão enquanto você assopra a vela de 90 anos.
E tirando o fato de meu príncipe não ter vindo em forma de Fera para que só depois de aprender a amar ele tivesse sua forma normal de volta, eu sinto que tenho direito de viver como uma princesa. E você?
Obs: Meu príncipe encantado eu já achei. E só para constar: a Bela que me desculpe nesse caso, mas ele não é uma fera. E eu não tenho a pretensão de mudá-lo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Anos 80 voltam por meio das cores

(Matéria publicada no Jornal Laboratório Primeiro Texto, feito pelo 3º semestre do curso de jornalismo da UNISANTA. Ano XIII - Edição Nº 2 - Março 2010)

Joanna Flora

As cores voltaram fortes. Seja nos esmaltes, sapatos, bolsas ou colares e brincos, elas estão ai dando um brilho a mais nos looks de todas as idades. Agora, resta saber o porquê de uma volta tão rápida e massiva. Saudade! É a explicação da professora de tecnologia têxtil, Vânia de Lima, do curso de Gestão Comercial (Moda) da Unisanta. Saudade do que? “De uma época feliz”. O neon e a mistura de cores voltam como lembrança de um passado, como disse a professora, maravilhoso. E esse passado remete aos anos 60, 70 e começo dos 80.
De acordo com a professora de design de moda, Nidia Fischer, também da Unisanta, os movimentos sociais influenciam na cultura e na sociedade. Essa ideia é reforçada por Vânia. Ela explica que a moda reflete mais os acontecimentos sociais do que a vontade do estilista. Em uma época de crise, quando as pessoas estão se preocupando mais em gastar com eletrodomésticos, o branco e o preto surgem nas roupas.
Preocupadas com tendências de longo tempo, as pessoas estão pensando mais em comprar coisas duráveis do que se importando em fazer combinações. Junto com isso, a liberdade e a forma de extravasar aparecem, então, nos acessórios. “Estamos em um período onde as pessoas estão fugindo dos tiranos”, como disse a professora Vânia. Por isso, não se preocupam mais com os estilos ditados por outras pessoas. E sim, começam a montar o seu próprio estilo. As pessoas acabam vestindo cores, que inconscientemente, transparecem o que elas estão sentindo naquele dia. 

Influência das Cores
As cores nos afetam e dizem muito sobre nós. Márcia Okida, coordenadora do curso de Produção Multimídia da Unisanta, estuda as cores há mais de 20 anos e diz que elas causam reação física nas pessoas. “Existem pesquisas que comprovam isso”.
Na loja Vitrine, do Super Centro Boqueirão, a gerente Michele Natividade revela: “O rosa é o campeão, tanto em roupas como nos acessórios”. Essa cor mais adolescente transmite a imagem de uma pessoa romântica, explica Márcia. Regina Kafouri, funcionária da loja Elki, no mesmo local, especializada em sapatos, bolsas e acessórios menores, diz que não só as pessoas procuram misturar as cores, como as próprias atendentes aconselham isso. “Não pode combinar!”. Na última estação, as cores mais procuradas foram laranja e amarelo. “Costuma-se dizer que é a cor da juventude”, diz Márcia Okida em relação ao laranja. É também, uma cor divertida e alto astral. Já em relação ao amarelo, trata-se de uma cor mais irritante e que faz pessoas ficarem nervosas.
Pensando nos acessórios, na Abusada’s Bijuterias, do Super Centro Boqueirão, de acordo com a proprietária Elizabeth Prado, as cores que mais saem são verde claro e azul turquesa. O verde, na explicação da Márcia Okida, é uma cor relaxante, que se usado em um tom mais claro, remete a sensação de frescor. E o azul, não foge muito disso. Trata-se de uma cor sossegada e que acalma, a ponto de diminuir os batimentos cardíacos.
Enquanto o azul diminui, o vermelho aumenta. É uma cor mais sedutora, ligada à paixão e mais usada por mulheres, ao contrário do rosa que é uma cor mais “menina”. O roxo ou lilás são cores ligadas mais à sensualidade e ao misticismo. Um homem de lilás estimula os hormônios sexuais femininos. Enquanto o vermelho tem o mesmo efeito no homem, se usado por uma mulher.
O fato é o de que as cores com seus diferentes significados, voltaram e dizem muito sobre nós. Mesmo que não usemos cores determinados motivos, inconscientemente, elas nos influenciam.

Antes tarde do que nunca.

E não é que o blog finalmente saiu?

Nada como uma ajudinha de duas pessoas maravilhosas para que ele saísse apenas de uma vontade e tivesse um nome!

Devidamente batizado, agora é hora de colocar todos os textos aqui! =)