Na
terça-feira, assisti a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso de duas
amigas da faculdade. O livro-reportagem contou história de quatro mulheres que
descobriram ter doenças “sem cura”, mas que não se deixaram abater. Muito pelo
contrário! Hoje, são exemplos de vida para qualquer pessoa!
Ainda
me recuperando das lágrimas, logo que saí da apresentação, sabia que precisava
escrever um texto sobre aquele momento. Nele, poderia expressar o que senti e
as reflexões que fiz. Acredito que não só eu, mas outras pessoas que estiveram
na sala durante aquela lição de vida, também saíram com novos pensamentos.
Ontem
à noite, após ler que o Oscar Niemeyer tinha morrido e ler uma frase dele,
percebi que já tinha passado de colocar em palavras os sentimentos e
aprendizados daquela noite de terça-feira.
Nós
sempre insistimos que temos problemas, que a vida poderia melhorar e se
perguntarem, somos capazes de numerar todos os pontos que queremos mudar. Nunca
estamos e, acho que nem estaremos satisfeitos com o que temos e conquistamos.
Conhecendo
melhor a história daquelas quatro guerreiras, tive vergonha das vezes que ousei
reclamar de algo que aconteceu comigo ou das vezes que achei que meus problemas
eram os maiores do mundo. Hoje, se eu pudesse, voltaria no tempo e colocaria o
mundo inteiro, na terça-feira, dentro daquela sala para que todos pudessem
ouvir um pouco sobre a lição que, mesmo sem querer, aquelas famílias passaram.
Sozinha,
horas depois da apresentação, eu ainda me pegava chorando ao relembrar trechos
dos depoimentos de cada uma delas. As mesmas pessoas que teriam motivos para
reclamar da vida, são aquelas que não estão fazendo isso. E sim, aproveitando
cada minuto do dia.
A
forma como elas lidam com esse obstáculo é para deixar qualquer um de queixo
caído. Seja por uma brincadeira que fazem ou por uma frase motivadora que
dizem, você percebe que elas dão apenas a atenção que a doença merece.
E
não é justamente isso que devemos fazer com os nossos problemas? Eles, no
fundo, nem são tão grandes assim. O ser humano é que tem a péssima mania de dar
uma importância maior para as situações vida, do que elas realmente merecem.
Deus
nunca nos dá uma cruz maior do que conseguimos carregar. Precisamos entender
que nada acontece por acaso. Mais ainda, precisamos colocar na cabeça que o
problema toma a dimensão que damos a ele. Que tal deixarmos o lado “vítima” de
lado e rir na cara dos problemas para mostrar quem manda?
E
o que a frase do Niemeyer tem a ver com isso?
“A
vida é um sopro!”
A
vida passa rápido demais para nos preocuparmos com coisas que, invariavelmente,
vão se resolver. É claro que não podemos esperar que tudo se acerte sozinho.
Porém, se ocuparmos muito tempo lamentando a situação, vamos perder preciosos
minutos que usaríamos para mudar a realidade!