sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A vida é um sopro!



Na terça-feira, assisti a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso de duas amigas da faculdade. O livro-reportagem contou história de quatro mulheres que descobriram ter doenças “sem cura”, mas que não se deixaram abater. Muito pelo contrário! Hoje, são exemplos de vida para qualquer pessoa!
Ainda me recuperando das lágrimas, logo que saí da apresentação, sabia que precisava escrever um texto sobre aquele momento. Nele, poderia expressar o que senti e as reflexões que fiz. Acredito que não só eu, mas outras pessoas que estiveram na sala durante aquela lição de vida, também saíram com novos pensamentos.
Ontem à noite, após ler que o Oscar Niemeyer tinha morrido e ler uma frase dele, percebi que já tinha passado de colocar em palavras os sentimentos e aprendizados daquela noite de terça-feira.
Nós sempre insistimos que temos problemas, que a vida poderia melhorar e se perguntarem, somos capazes de numerar todos os pontos que queremos mudar. Nunca estamos e, acho que nem estaremos satisfeitos com o que temos e conquistamos.
Conhecendo melhor a história daquelas quatro guerreiras, tive vergonha das vezes que ousei reclamar de algo que aconteceu comigo ou das vezes que achei que meus problemas eram os maiores do mundo. Hoje, se eu pudesse, voltaria no tempo e colocaria o mundo inteiro, na terça-feira, dentro daquela sala para que todos pudessem ouvir um pouco sobre a lição que, mesmo sem querer, aquelas famílias passaram.
Sozinha, horas depois da apresentação, eu ainda me pegava chorando ao relembrar trechos dos depoimentos de cada uma delas. As mesmas pessoas que teriam motivos para reclamar da vida, são aquelas que não estão fazendo isso. E sim, aproveitando cada minuto do dia.
A forma como elas lidam com esse obstáculo é para deixar qualquer um de queixo caído. Seja por uma brincadeira que fazem ou por uma frase motivadora que dizem, você percebe que elas dão apenas a atenção que a doença merece.
E não é justamente isso que devemos fazer com os nossos problemas? Eles, no fundo, nem são tão grandes assim. O ser humano é que tem a péssima mania de dar uma importância maior para as situações vida, do que elas realmente merecem.
Deus nunca nos dá uma cruz maior do que conseguimos carregar. Precisamos entender que nada acontece por acaso. Mais ainda, precisamos colocar na cabeça que o problema toma a dimensão que damos a ele. Que tal deixarmos o lado “vítima” de lado e rir na cara dos problemas para mostrar quem manda?
E o que a frase do Niemeyer tem a ver com isso?
“A vida é um sopro!”
A vida passa rápido demais para nos preocuparmos com coisas que, invariavelmente, vão se resolver. É claro que não podemos esperar que tudo se acerte sozinho. Porém, se ocuparmos muito tempo lamentando a situação, vamos perder preciosos minutos que usaríamos para mudar a realidade!

sábado, 24 de março de 2012

“Aliados de Guerra”

Eu lembro que quando eu era criança e amizade para mim era dividir os brinquedos com as outras meninas. Conforme a gente cresce, os valores vão mudando, ou melhor, nós aprendemos um pouco mais sobre eles. E quando achamos que já conhecemos/sabemos diferenciar e explicar cada um deles, a vida proporciona algum momento que nos faz repensar cada um e chegar a uma nova conclusão.
“Da nossa história que ninguém, ninguém vai conseguir apagar!”
Pode ser que daqui uns dias ou meses a vida me faça passar por outra situação, e eu resolva acrescentar alguns detalhes nos valores. Só detalhes mesmo, porque a base, eu ouso dizer, que eu já tive a oportunidade de entender em algumas horas que ficaram marcadas.
“Agora eu encontrei meu caminho. E a vida trouxe um novo sentido. Os sonhos me guiaram de perto e a realidade surgiu no universo!”
Amizade está nos olhares de cumplicidade trocados; nas palavras ditas nas horas certas (pra rir ou pra chorar); nas famosas gracinhas “internas”; no abraço apertado quando só se precisa dele para descrever o carinho que se sente; na emoção que toma conta quando se escuta aquela música que fala tudo o que você tem guardado e não consegue colocar pra fora; nas lágrimas compartilhadas, que mais do que qualquer palavra demonstra a importância e quão valiosos são aqueles momentos.
“Sempre que eu puder eu voltarei aqui. Sempre que eu puder quero te ver sorrir. Felicidade só vale se eu tiver alguém pra dividir!”
Olhando pra esse grupo de pessoas a gente começa a pensar como seria, se esses mesmos amigos estivessem juntos, ainda, depois de 20 ou 30 anos. Às vezes eu paro, penso nisso quando estou com alguns que eu gostaria de levar comigo para o resto da vida e me divirto imaginando cada um no futuro.
“Meu Deus, me dá proteção. Teu escudo vai do céu até o chão, onde eu planto o meu amor. E colho o bem e tenho alguém que me dá valor. Sou rico como um rei!”

Algumas horas depois, estou me permitindo relembrar de cada segundo de ontem, só que olhando de fora. E analisando cada risada, abraço, confidencias trocada em alguns trechos de música, eu posso ver que o clima era maravilhoso e vejo um grupo de amigos, que tem todas as chances de perdurarem. Foi inevitável esse sentimento ontem. Foi inevitável nos imaginar mais velhos, não necessariamente em um show, mas reunidos em qualquer outro lugar vivendo mais momentos de cumplicidade.
“Meu caminho assim vai ser. Ouvi meu coração. E agora vai, se segura senão cai. Se acredito então vai ser. Não uso a fé em vão!”
Olhando para cada pessoa, consigo projetar aquele rosto envelhecido pelos anos, mas com a mesma personalidade dos 20 anos. Diversão com vocês não precisa de lugar marcado e muito menos horário, mas quando acontecem, as consequências são as melhores possíveis. Eu perdi as contas de quantas vezes meu olho encheu de lágrima (o que torna a se repetir ao escrever esse texto) ontem. Algumas músicas até cooperavam para isso acontecer, mas o sentimento que existia em cada pessoa, que se externava de diversas formas (choro, grito, risada, olhares, abraço), foi o principal motivo de toda emoção.
“Se hoje estou com vocês, não tenho nada a perder!”
Talvez nem soubessem quem era alguma daquelas pessoas que estavam ali, mas se estavam, era porque alguém conhecia e isso bastava. Era como um “mi casa, su casa” reformulado: “su amigo, mi amigo”. Não é exagero, nem hipocrisia. Basta lembrar que um dos momentos foi fotografado por alguém que, nenhum de nós, conhecia. Não estava mais só entre nós a alegria, cativamos outras pessoas.
“Uma gota de você(s) vale mais que tudo, quando a solução não parece resolver. Eu fico com você(s)!”
Eu fui uma das que não fez contagem regressiva para ontem. Talvez porque já tinha ido a outros shows deles e não imaginava como poderia ser sensacional. A vontade era que nunca acabasse e que aquelas pessoas, estivessem no mesmo lugar, por muitas outras!
“Sem relógio o tempo passa e eu não sinto. Chegou no limite. Não fico de fora, vou pra lá. Hoje a noite não vai acabar!”
Saí de lá com a alma lavada, história para contar, palavras para escrever e desejo que outros momentos daquele estilo aconteçam. As dores no corpo, as memórias e as fotos são provas de que cada segundo valeu a pena!
“E nessa decisão, a cumplicidade vai além da verdade!”

“Mais uma lição que eu aprendi. Às vezes chorar é melhor que sorrir. De alma lavada e corpo fechado, eu não temo o que vem a seguir, pois tudo se transforma no fim. E eu fiz o melhor e mesmo que não tenha sido como eu quis o mundo ao redor ganha um sentido. Eu vou continuar a sonhar.
BEM VINDO SEJA QUEM PUDER ME ACOMPANHAR, TEM MAIS UMA CHANCE PRA FICAR PERTO DE MIM. EU QUERO O BEM PERTO DE MIM!”