sábado, 24 de março de 2012

“Aliados de Guerra”

Eu lembro que quando eu era criança e amizade para mim era dividir os brinquedos com as outras meninas. Conforme a gente cresce, os valores vão mudando, ou melhor, nós aprendemos um pouco mais sobre eles. E quando achamos que já conhecemos/sabemos diferenciar e explicar cada um deles, a vida proporciona algum momento que nos faz repensar cada um e chegar a uma nova conclusão.
“Da nossa história que ninguém, ninguém vai conseguir apagar!”
Pode ser que daqui uns dias ou meses a vida me faça passar por outra situação, e eu resolva acrescentar alguns detalhes nos valores. Só detalhes mesmo, porque a base, eu ouso dizer, que eu já tive a oportunidade de entender em algumas horas que ficaram marcadas.
“Agora eu encontrei meu caminho. E a vida trouxe um novo sentido. Os sonhos me guiaram de perto e a realidade surgiu no universo!”
Amizade está nos olhares de cumplicidade trocados; nas palavras ditas nas horas certas (pra rir ou pra chorar); nas famosas gracinhas “internas”; no abraço apertado quando só se precisa dele para descrever o carinho que se sente; na emoção que toma conta quando se escuta aquela música que fala tudo o que você tem guardado e não consegue colocar pra fora; nas lágrimas compartilhadas, que mais do que qualquer palavra demonstra a importância e quão valiosos são aqueles momentos.
“Sempre que eu puder eu voltarei aqui. Sempre que eu puder quero te ver sorrir. Felicidade só vale se eu tiver alguém pra dividir!”
Olhando pra esse grupo de pessoas a gente começa a pensar como seria, se esses mesmos amigos estivessem juntos, ainda, depois de 20 ou 30 anos. Às vezes eu paro, penso nisso quando estou com alguns que eu gostaria de levar comigo para o resto da vida e me divirto imaginando cada um no futuro.
“Meu Deus, me dá proteção. Teu escudo vai do céu até o chão, onde eu planto o meu amor. E colho o bem e tenho alguém que me dá valor. Sou rico como um rei!”

Algumas horas depois, estou me permitindo relembrar de cada segundo de ontem, só que olhando de fora. E analisando cada risada, abraço, confidencias trocada em alguns trechos de música, eu posso ver que o clima era maravilhoso e vejo um grupo de amigos, que tem todas as chances de perdurarem. Foi inevitável esse sentimento ontem. Foi inevitável nos imaginar mais velhos, não necessariamente em um show, mas reunidos em qualquer outro lugar vivendo mais momentos de cumplicidade.
“Meu caminho assim vai ser. Ouvi meu coração. E agora vai, se segura senão cai. Se acredito então vai ser. Não uso a fé em vão!”
Olhando para cada pessoa, consigo projetar aquele rosto envelhecido pelos anos, mas com a mesma personalidade dos 20 anos. Diversão com vocês não precisa de lugar marcado e muito menos horário, mas quando acontecem, as consequências são as melhores possíveis. Eu perdi as contas de quantas vezes meu olho encheu de lágrima (o que torna a se repetir ao escrever esse texto) ontem. Algumas músicas até cooperavam para isso acontecer, mas o sentimento que existia em cada pessoa, que se externava de diversas formas (choro, grito, risada, olhares, abraço), foi o principal motivo de toda emoção.
“Se hoje estou com vocês, não tenho nada a perder!”
Talvez nem soubessem quem era alguma daquelas pessoas que estavam ali, mas se estavam, era porque alguém conhecia e isso bastava. Era como um “mi casa, su casa” reformulado: “su amigo, mi amigo”. Não é exagero, nem hipocrisia. Basta lembrar que um dos momentos foi fotografado por alguém que, nenhum de nós, conhecia. Não estava mais só entre nós a alegria, cativamos outras pessoas.
“Uma gota de você(s) vale mais que tudo, quando a solução não parece resolver. Eu fico com você(s)!”
Eu fui uma das que não fez contagem regressiva para ontem. Talvez porque já tinha ido a outros shows deles e não imaginava como poderia ser sensacional. A vontade era que nunca acabasse e que aquelas pessoas, estivessem no mesmo lugar, por muitas outras!
“Sem relógio o tempo passa e eu não sinto. Chegou no limite. Não fico de fora, vou pra lá. Hoje a noite não vai acabar!”
Saí de lá com a alma lavada, história para contar, palavras para escrever e desejo que outros momentos daquele estilo aconteçam. As dores no corpo, as memórias e as fotos são provas de que cada segundo valeu a pena!
“E nessa decisão, a cumplicidade vai além da verdade!”

“Mais uma lição que eu aprendi. Às vezes chorar é melhor que sorrir. De alma lavada e corpo fechado, eu não temo o que vem a seguir, pois tudo se transforma no fim. E eu fiz o melhor e mesmo que não tenha sido como eu quis o mundo ao redor ganha um sentido. Eu vou continuar a sonhar.
BEM VINDO SEJA QUEM PUDER ME ACOMPANHAR, TEM MAIS UMA CHANCE PRA FICAR PERTO DE MIM. EU QUERO O BEM PERTO DE MIM!”

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